sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Gente,
A estorinha abaixo é hilária. Infelizmente acontece no cotidiano do trabalho. Isso porque ainda há práticas verticalizadas (de mandonismos) por parte sa gestão de vários ramos de atividade, bem como uma grande despolitização por parte de muitos trabalhadores. Precisamos ousar, investigar, perguntar, entender o conteúdo, a mensagem que está por traz ou que fundamenta o que fazemos. A gestão precisa ser compartilhada, participativa. Afinal num ambiente de trabalho e o que fazemos envolve a todos nós. Um depende do outro. Quem administra precisa ouvir sua equipe de trabalho e a equipe de trabalho precisa compreender a importância do que faz, de sua atividade e sua relação com a sociedade. A construção deve ser coletiva, afinal, somos todos atores responsáveis pelos resultados daquilo que fazemos e\ou praticamos, assim como somos nós que usufruímos dos resultados, sejam positivos ou negativos. Por isso, ocupem seus espaços de atores protagonistas, construtores do nosso próprio cotidiano.
Beijos,
Anadja



A BUROCRACIA

Sixto Martinez cumpriu o serviço militar em um quartel de Sevilla.No meio do pátio desse quartel, havia um banquinho. Junto ao banquinho, um soldado fazia guarda. Nada sabia por que se fazia a guarda do banquinho. A guarda se fazia porque se fazia, noite e dia, todas as noites, todos os dias, e de geração em geração os oficiais transmitiam a ordem e os soldados a obedeciam. Ninguém nunca duvidou ou nunca perguntou. Se assim se fazia, e sempre havia feito, por algo seria.

E assim seguiu sendo até que alguém, não sabe se general ou coronel, quis conhecer a ordem original. Teve que remexer a fundo os arquivos. E depois de muito procurar, encontrou. Fazia trinta e três anos, dois meses e quatro dias, um oficial havia mandado montar guarda junto ao banquinho, que estava recém-pintado, para que não ocorresse alguém sentar-se sobre a pintura fresca.
Eduardo Galeano, el Libro de los Abrazos

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